terça-feira, 4 de maio de 2010

Pranto.

Ando solto.
Ando livre por aí.
Preso, sim.. também.
Em mim mesmo, acorrentado.
Com o pensamento atado aos meus erros, ao passado.
Perdoar, já me perdoaram.. alguns.
Perdoar, eu já perdoei.. alguns.
Mas os meus, eu não consegui.
Carrego como bagagem, levo pra onde eu vou..
Largo em um canto e vôo.
Abro as asas, volto e as fecho.
E em um silêncio aparentemente triste lembro de todas as coisas boas que esses vôos já me trouxeram.
Não desisto de voar.
Dizem que eu tenho essa inquietação no olhar..
Que no fundo, bem no fundo, atrás de um e outro sorriso, ela se esconde.
Se esconde bem, é difícil de ver.. se disfarça.
Dizem que eu tenho a inquietação de quem se perdeu..
De quem voa pra procurar.
Mas no fundo, bem no fundo, não faz muita questão de se encontrar.
Ando solto.
Vez em quando, ando leve.
Tomei nota de que erro acontece pra virar lição.
Tanta coisa a gente esquece de botar na mala..
A escova de dente, o carregador do celular, as cuecas.
Um dia, vai me dar de esquecer a bagagem inteira.
A bagagem, não digo..
Mas o quanto ela me pesou nas costas, ao menos.
E o vôo vai ser bem mais alto..
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Bem-vindo, Maio!

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